Moscovo é uma cidade linda, podia ser realmente uma beleza a ser bastante apreciada para quem não estivesse na minha situação, pensei, sinto tanta a falta dela, se ela aqui estivesse a minha vida não poderia estar mais completa: uma família e a pessoa que amo todos juntos, seria realmente um conto de fadas tornado realidade.
Desde a sua saída de Portugal tinha conhecido melhor a mãe e o pai adoptivos, eram pessoas simples porém muito bem formadas e tinham feito de tudo para o deixar o mais à vontade possível, mas nada o poderia por mais à vontade do que ter a sua Yue com ele, mesmo com ele a habituar-se às mil maravilhas aos pais e à nova cidade o seu coração sentia um vazio enorme, e este vazio só podia ser preenchido por ela e mais ninguém.
As noites custavam a passar e já não se lembrava qual teria sido a última em que tinha dormido alguma coisa, o bilhete que a Mary lhe dera vindo da Yue descansava debaixo da sua almofada e todas as noites olhava para ele, como gostava de ver novamente o seu sorriso, é tudo tão mais escuro sem ela, era este o pensamento de todas as noites e desejava a tudo em que acreditava que a pudesse voltar a ver.
Quando a Mary lhe deu o bilhete ele não acreditou que ela não estivesse lá, ele sabia que ela lá estava podia senti-lo na sua pele, mas não a viu em qualquer lugar, não tinha querido acreditar que ela já não se preocupasse com ele…
Os pais levavam-no a todo o lado e preparavam-lhe as comidas mais típicas da Rússia, embora ele apreciasse isso estava sempre com o seu ar infeliz isto até ao dia em que, ele supôs , a mãe já não o aguentasse ver assim.
- Querido, desculpa a pergunta mas não gostas de nós? – disse a sua nova mãe timidamente.
- Gosto, claro que gosto, você e o pai são muito queridos para mim.
- Por favor trata-nos por tu… Então porque estás sempre tão infeliz? Não te consegues habituar à cidade?
- Não é isso, Moscovo é uma cidade realmente lindíssima.
- Hum – disse o pai de repente – já percebi do que se trata, acho que estamos perante um caso de amor – e como sempre fazia quando fingia pensar muito, fez uma óptima cara em imitação de detective privado.
- Quer dizer eu… - disse corando muito – é uma rapariga da minha turma, eu sei que vão dizer que é apenas uma paixão que vai passar porque sou novo e vou encontrar outra rapariga, mas não, ela é realmente especial, até agora nunca conheci alguém como ela e acho que enquanto viver nunca vou encontrar. – Corei ainda mais, mas como faço sempre que penso nela esbocei um sorriso enorme.
- Enganas-te só numa coisa, eu não vou dizer que é apenas uma paixão, eu conheci a tua mãe com a tua idade e olha para nós, casados e felizes à quase 25 anos. – E vi-o olhar ternamente para a minha mãe, era amor, um amor verdadeiro que já não se vê todos os dias – E pela maneira como falas dessa rapariga já vi que ela pode ser a tal, quem não seja cego vê filho, não consegues disfarçar.
- Mas ela está em Portugal e eu aqui…
- Bem porque não lhe escreves uma carta? Eu sei que a tua mãe adorava quando eu o fazia… Não à nada que as faça derreter mais – piscou-me o olho.
- Ora essa, o que é que tu estás a querer insinuar? – replicou a mãe no seu ar divertido e muito jovial.
- O pai tem razão, vou fazê-lo, vou escrever-lhe uma carta, pelo menos digo-lhe tudo o que sinto por ela. Com licença e obrigado, muito obrigado.
- Vai-te a ela campeão se precisares de ajuda diz – O pai deitou-me a língua de fora.
Fui quase a correr para o quarto, apressei-me a pegar em papel e caneta e comecei a escrever:
Querida Yue, sei que sabes que não tenho jeito para escrever mas tive de te escrever esta carta pois já não aguento não te dizer tudo o que sinto, és única, nunca vou encontrar outra como tu, sinto a tua falta todos os dias e todos os segundo, sabes foste a primeira e talvez a única que realmente me conheceu e me conhece e nunca me olhou com piedade, sempre me viste a mim pelo o que sou e eu gosto de ti por isso, quero conhecer-te, por inteiro, todas as tristezas e alegrias, tudo, quero ser feliz como só sei ser a teu lado, eu sei que isto da distância está a matar-me mas sinto que não posso viver sem ti…
Parou… Não podia viver sem ela mas e se ela estivesse finalmente a conseguir começar a viver sem ele? Iria mete-la novamente em baixo? Não, não lhe parecia justo que o fizesse… Pegou no papel da carta, fez uma bola e meteu-o no lixo.
Não podia, não podia fazer-lhe isso.
Inventado
Continua
Continua?
ResponderEliminarQue bacana.
Um beijo amiga,
ótimo fim de semana.
Blog Michele Santti
http://michelesantti.blogspot.com/
hum, talvez sim ou talvez não, espero bem que ambas encontremos um assim (:
ResponderEliminarassim que eu tiver tempo venho ler este capitulo, ja sabes que adoro a historia, princesa (:
- eu fiquei completamente rendida :b
ResponderEliminardevias provar! vais gostar! ohh muito obrigada! :D
ResponderEliminaróww, obrigada querida *.*
ResponderEliminartenho pois! e vou, gostei muito :)
ResponderEliminaracredita que eu vou continuar a vir ao teu blog sempre que postares :)
ResponderEliminarhaha os macarons têm vários sabores. por exemplo os que estão na minha foto um é de manga e o outro é de groselha. e têm uma espécie de creme lá dentro. :)
ResponderEliminarainda bem querida :)
ResponderEliminarObrigada querida *.*
ResponderEliminarOwwnnn, eu estou ficando cada vez mais apaixonada por essa historia. A espera do proximo capitulo.
ResponderEliminaré nos armazéns do chiado, mesmo ao pé da entrada da fnac. :)
ResponderEliminarPodes crer! Também gostei do blog :) Sigo.
ResponderEliminarAdorei Joo, está tão bonito. Ele tem que escrever a carta, tem sim.
ResponderEliminaresperemos que sim :)
ResponderEliminarai não, um tipo Jude e assim lindo para cada uma de nós era mesmo um máximo (:
ResponderEliminarjá consegui ler, os pais dele são espectaculares e eu estava toda preocupada com o futuro dele e isso, agora para ele ficar com um conto de fadas perfeito, como ele disse, basta ter a Yue do lado dele, todos os dias, não seria mais fácil se ele e os pais dele voltassem para Portugal, não ? Oh querida Joo, anda lá, tu é que mudas a história, faz com que eles fiquem juntos, faz ! :s
- oh deve ficar bem se tens assim o cabelo :o
ResponderEliminarainda bem que gostaste, podes ir ao arquivo do blog e ver a historia toda, beijinhoos ;)
ResponderEliminarquem sabe eles não encontram outros quê ? o:
ResponderEliminareles merecem ficar juntos Joo, muda lá a história pf ! Sim, um Jude e assim um gatinho para nós era o ideal, mas acho que já não se fazem mais destes assim o:
mas a Yue é a rapariga da vida dele, Joo !
ResponderEliminaraaaaai rapariga estas a deixar-me numa aflição de tal tamanho o:
ResponderEliminarpois estás, era isso que querias não era ? ahahaha, quem não te «conhece» que te compre, rapariga.
ResponderEliminarahahaha, que mázinha joo :c (olha para mim triste)
ResponderEliminarestas a ser ! acaba com o meu sofrimento e publica logo a próxima parte ! (quantas partes são ?)
ResponderEliminaroooh fogo, ainda falta tanto, a próxima parte já esta pronta ? estou a espera !
ResponderEliminarA maior parte das vezes é mesmo um problema !
ResponderEliminarainda bem ihihi :)
ResponderEliminarhum, fico a espera joo gatinha ((:
ResponderEliminargostei muito! :)
ResponderEliminarOlha que foi com aquela roupa toda que sai de casa naquele dia! nao era exagero!